#Zambia,
uma pequena aldeia
nascida, há muitos
e muitos anos,
no alto da falésia.
Quando olhamos
de longe, paramos
na curva grande
para espreitar
do miradouro,
as casas pequenas,
e brancas,
estão quase,
quase a cair, para
mergulhar nas
nas rochas violentas,
lâminas pontiagudas
que se receiam,
sobretudo no inverno.
É bem certo que
grande parte dos dias,
ano após ano,
só há nevoeiro
na sua húmida
falta de cor.
Mas quando o céu
abre
e nas janelas só
lhes cabe
o azul do mar
e o majestoso sol
na hora de se pôr,
aquela gente
sente, como ninguém,
abraços do mundo
inteiro reunidos
num só corpo
inconfundíveis,
e que transmitem
todos os calores.
E deixam-se existir
pelos olhos, sem medo,
como invariavelmente
acontece com todos
os grandes amores.
Sem comentários:
Enviar um comentário