sexta-feira, 13 de julho de 2018

A Etelvina veio das Compras




A obrigatoriedade de separar o #lixo por materiais dá-me cabo da paciência. Embirro, mesmo.
Chego a casa das compras, começo logo na loucura, desmancho as embalagens maiores que acondicionam as outras, e isto vai para aqui, isto vai para ali, ainda nem arrumei nada e já estou a deitar fora parte do que acabei de adquirir.
Deliberadamente, ou não, e eu vou mais pela primeira porque acredito em conspirações, encheram-me a casa de coisas inúteis.
Nalgumas peças, muitos específicas, depois de usadas também é preciso dar-lhes uma enxaguadela antes de as deitar fora para o local correto, porque senão torna-se uma  porcaria. E eu enxaguo, pois, vou estando distraída e tal, se calhar até me sabe bem, vá-se lá saber. Enxaguar..., a palavra até é engraçada...
Aqui há uns meses, cansada das separações, resolvi fazer-me de distraída, e prevariquei, é muito feio, eu sei, não ligando nenhuma a essa obrigatoriedade, e deitando tudo fora para o mesmo sítio.
Por coincidência as televisões , nessa altura, começaram a mostrar o Tejo a sufocar de espuma tóxica, com os cadáveres dos peixes a boiar. Fiquei aflita a pensar que tinha sido eu a provocar aquela desgraça.
Felizmente não. Vem de umas fábricas, mas, ao que parece, não têm culpa nenhuma.
Não percebi, não interessa. Comecei foi logo a separar tudo outra vez, com medo, que eu não quero cá responsabilidades para o meu lado.
Tejos à parte, a verdade é que às vezes tenho que implorar ao barbudo da loja do café: Não, por favor, mais sacos não! Tenho a casa infestada!













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