sexta-feira, 20 de março de 2020

Silêncio

Vou para tudo como se soubesse o fim.
Atravesso o silêncio sem o perturbar como 
se o meu corpo viajasse intergalaticamente e 
não houvesse vento.
Formam-se lágrimas de choque 
que desaparecem pela ação dos elementos.
São os poemas que me acordam 
com imagens da infância, 
esse tempo difuso que ficou para trás.
Vou para tudo como se soubesse o fim.
Viajo sem ter onde me agarrar. 
Não há estrelas, nem sombras, nem palavras,
nem cães a ladrar.

Sem comentários:

Enviar um comentário