quinta-feira, 31 de maio de 2018

Ulmeiro

As árvores têm uma vida muito aborrecida.
Tanto faz que sejam pessegueiros, como #ulmeiros, como sabugueiros.
Não podem sair do mesmo sítio, não podem correr, à vontade.
Os raros movimentos que fazem prendem, uns com o crescimento impercetível, outros com o abanar a que o vento as obriga.
Se se tratar de uma brisa suave, quase nem notam, nem elas nem nós, que nos perdemos tempo a olhar, embevecidos para as suas copas. Se se tratar de um vento um pouco mais forte, já falam. Ou, pelo menos ouvimos um restolhar muito especial, nada parecido com


Com tantas árvores que há por aqui, e o sacana do cão escolhe sempre o #ulmeiro.
Quando dou por ele, já está de perna alçada,
Bem posso gritar: "Sai daí! Olha o #ulmeiro!", que ele não liga nenhuma.
Depois vem a patroa, mete lá o nariz, e se ela tem umas ventas sensíveis, um faro apurado, isso é que tem, e começa a resmungar:
"Eu não te pedi para tomares conta?
Pois..., o mijo do cão dá cabo do #ulmeiro, não devias deixar, o #ulmeiro está a ficar seco
 por causa do ácido!
Comprei este #ulmeiro na Venda da Cabeçuda, quando lá fomos à feira, custou-me um dinheirão!",
E tu não sabes que o mijo é ácido?
Não falámos já nisso?
E que os #ulmeiros são mesmo super sensíveis?
Para que é que eu fui comprar este  #ulmeiro..., meus deus!
Um #ulmeirinho tão bonito... E se foi caro!"

Não é fácil...


















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