quarta-feira, 9 de maio de 2018

...Yoritomo


Acabo de iniciar uma conversa, uma súplica, um monólogo, tudo de uma só vez:
"Deuses, porque me retirasteis a imaginação em dia de #Yoritomo?
Porque me fizesteis escrever (não é utilizando uma qualquer forma verbal, corriqueira, que imploro aos deuses)  coisas completamente estúpidas, sem sentido nenhum, historiazinhas de merda, tal como aquela que inventei há umas horas e cujo resultado final estava de vómitos?
Onde está o interesse na triste vida daquela criatura, um serzinho minúsculo, semelhante a um bicho comedor de papel? Dei pela sua existência porque o vi a brilhar numa nesga de sol que entrava no quarto. Fazia ali umas cambalhotas, aproveitando a sua própria leveza, e a grande densidade do ar. Parecia brincar numa cama elástica. Depois voltava rapidamente para o meio dos livros.
Visteis isto, deuses? Contasteis com isto, deuses? Com filhos humanos a escreverem histórias idiotas?
Contasteis?
Por muito subtil que seja, pode ser uma  caixa de porcelana a cair sem ninguém lhe tocar e a escaqueirar-se contra o chão, ou um dos meus gatos começar a falar um castelhano perfeito, ou alguém  atacar-me arremessando contra mim cápsulas da nexpresso, qualquer coisa, mas, deuses, agradeço uma resposta!"




















Sem comentários:

Enviar um comentário