Já nem voavam há largas
horas,
as abelhas, sobre as zínias
dos canteiros ali em frente.
Talvez devido à poluição.
Foi quando, uns pés de vento,
inusitados,
nasceram, espontâneos, do chão.
E puseram as folhas, caídas,
a rodar em movimentos
concêntricos,
indiferentes ao que se
passava
e obrigaram, muito
maldosamente,
as árvores a deixarem
tombar as suas hastes
mais pesadas,
"És um monstro, #Zoroastro!"
bichanavam os objetos
de dentro da montra
onde eu estava encostada.
Insuportáveis,
tentando induzir-me à maldade,
a altas horas da madrugada.
E não se calavam, agitados,
por causa do medo. estampado,
porque o medo, por vezes,
se estampa nas caras
da bonecada.
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