quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Nunca um #postal_de_férias

Era compulsivo.
Fugindo da luz
e dos falsos desígnios.
O quê? Voltas à cabeça,
introspetivas, pois é,
para saber porquê
quando é inexplicável.
o poema.

O poema é inexplicável.
Não é nada.
Aparentemente zero.

Mas de repente,
eis senão quando
num momento de envolvência
total, o senti,
abstração distração,
tentando nascer, digamos.

Ainda esbracejou
teve tempo para...,
mas acabou
esparramado aqui
no virtuoso da página.

Disforme, o merdoso.
Completamente disforme.

 Ainda nem era ninguém,
só um toque de claridade.

E o que é
"um toque de claridade"?
Não é nada, o merdoso.
Deformou-se todo
ao cair do cabelo odioso.


Misterioso e inexplicável.
ainda não era nada
ainda nem tinha nascido,
pasteloso e arrogante.

Estatelou-se ao comprido
mas não deixava de gritar,
o vaidoso,
que existia verdadeiramente
quer eu quisesse, ou não...,
mesmo que durasse
só por uns segundos.
















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