Uma boa piada,
a vontade de preencher
papeís em branco.
Imaginar nuvens nos pés.
Imaginá-los brilho, e luz,
que se procuram
em nada.
Não há corpo a pairar.
Não existe. És só tu
e reflexos do que foste
outrora e do que serás
a seguir.
Não há critério na escolha
só um objetivo
na ponta dos dedos.
Eventual e, ou virtualmente,
tanto faz.
Ouvem-se muitos sons.
Parecem vozes
ou notas musicais,
separadas, soltas, ou não.
O #urânio, e volfrâmio,
que tanto estão próximo
como se desfazem,
num eco longínquo.
E enquanto tudo acontece
as palavras vão ficando,
cada vez mais,
doces sobremesas.
ao lado de
grandes e ininteligíveis
ciclos de vida,
sem regras, ou sequência,
o que é, efetivamente,
bastante engraçado.
E lá vou eu, observando,
formando ondas que
acabam por desaparecer,
ou talvez outras coisas
que não sei,
mas que retêm o tempo,
imobilizando-o, contra vontade,
numa folha.
Sem comentários:
Enviar um comentário