terça-feira, 25 de dezembro de 2018

A #Paz em Fevereiro

A doze de fevereiro de um ano que
ao momento se encontra no passado,
foi escrito aqui que...
Essa é a grande piada, a laracha de tudo isto,
aquela que aparece nas brincadeiras dizendo um adeus
assim meio tímido.

Num doze de fevereiro já passado
A vida voltou a rodar nos sentidos obrigatórios,
prédios cor de rosa eram os pontos de referência,
tinha-me dito
chegas ali ao prédio cor de rosa viras à esquerda,
a uns metros estam a decorrer umas obras
vais ter que as contornar,
voltas a virar à esquerda na segunda transversal.

Stop! Nâo viu o stop e passou,
eu vi um que me atravessou a pele,
transformado em vapor de água
formava uma  nuvem, que por sua vez  formava
um qualquer  artefacto sonoro
que me encantava.

Algures num canto de música
ficaram registadas as palavras belas.
A doze de fevereiro tudo mudou.
Ouve um anjo amarelo, ictérico,
que desceu pela escada de corda que lhe lancei
num arremesso impossível.
ou pelo rádio do automóvel,
que lançava melodia contra os vidros,
não sei.
Parei o carro no cimo de um monte,
para me lembrar


Lá estavam as rosinha mínimas
no tecido vaporoso e quente,
pontos de nada que ficam presos no espaço
a cantarolar as suas coisas, sem versos
e se não há versos
estão incompletas
como uma prova onde se obteve
aquilo que não somos.

Sim, quando chego ao fundo,
da rua,
já sei onde estou, conheço a estrada, afinal,
melhor do que pensava.

Foi no ano em que as estrelas me pareceram
muio maiores, grandes bolas de sabão
que avançavam pela noite dentro
afastando-se até rebentarem,
lentas mas inalteráveis.
Foi o doze de fevereiro em que amanheci
com a geada fria.
misturada na paisagem  desconhecida.








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