domingo, 20 de janeiro de 2019

cdçº

Tom Bombadil olhava para ele da estante de ripas de madeira, como quem diz, se quiseres um pouco de companhia eu estou aqui, mas não lhe deu atenção
Levantou-se e chegou-se à varanda, verificou que
O vento enrolava a roupa na corda, e lhe fazia esvoaçar os cabelos e o lenço que trazia ao pescoço.
Até ali tudo correra bem, ainda o cansaço não se tinha instalado, talvez aguentasse, ainda, fazer mais duas ou três tarefas fundamentais para o bem estar de todos, Alguém cirandava pelo seu espaço, rotinas repetidas um milhão de vezes, insuportáveis e obrigatórias.
De manhã, numa manhã já tardia, quando o sono é mais leve portanto mais verdadeiro, mais chegado à realidade,, sonhara
Estavam, ele e outra pessoa, envolvidos os dois no mesmo processo de resolver enigmas num sofá quente, chegavam-se cada vez mais às palavras incompreensíveis que vinham na folha das regras.
Eram tão difíceis, aquelas explicações tortuosas. obrigavam à concentração, e por isso pegavam ambos num  papel tão pequeno. As suas mãos quase se sobrepunham, ele lia, ela tentava perceber porque não o conseguia ouvir, só o calor dos seus dedos permanecia circulando ineterruptamente, e o som da sua voz preenchia toda a atmosfera, como se o que dissesse não tivesse qualquer importância.
Depois acordou, e conforme o dia avançava, o sonho etéreo tendia a desaparecer.
O espaço engolia o seu corpo, que escorregava pela cadeira abaixo até as costas gritarem de dor.
Endireitava-se, quando se lembrava da sua figura alta.
Parava de tentar lembrar-se de quem era Tom Bombadil, muito embora não tivesse qualquer dúvida da sua presença, no decorrer de todo aquele disparate desfasado do almoço para fazer.









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