segunda-feira, 5 de novembro de 2018

muro

É um orgulho poder afirmar que já estive ao pé do #muro mais baixo do mundo.
 Acreditem, que em toda a sua extensão não tem mais do que um palmo de altura.
Menos só um pouquinho e já nem era considerado muro, era uma treta sem nome e que não servia para nada, mas não é o caso deste.
Nem os animaizinhos um muro tão baixo empata, e então passam-no com grande facilidade, as minhocas, as formigas, os besouros, tudo o que ande por lá a mexer, menos os gafanhotos porque saltam até mais alto.
Reza a lenda que quando uma menina ia a passar, tive o previlégio de estar mesmo nesse local, onde dizem que tudo aconteceu, tropeçou naquela saliência, e, ao dar com a cara no chão, viu uma joaninha aflita, de que nem a moscarda tinha dado conta, ao fazer a sua ronda noturna, por estar camuflada debaixo de umas folhas.
Essa joaninha era, afinal, a Raínha das Joanas que andava por ali a passear, uma espécie de fada e anjo da parte da mãe e elfo da parte do pai, mas o cabelo negro azeviche revelava o sangue da bruxa da avó, Joanoca Pé de Cabra, e ela não queria. por isso usava um manto sobre a cabeça.
Quando se deu o acidente, o manto voô-lhe para longe , mas a criança encontrou-o, e entregou-lho, para ela esconder a cabeleira que a envergonhava tanto, e por isso, ainda hoje,  os insetos gostam tanto daquele minimurinho encantador, por representar bondades incríveis das crianças.
Se puder, hei-de lá voltar.











Sem comentários:

Enviar um comentário