segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Humilde Homenagem a #Eça_de_Queirós e a Todos os Outros

Do seu corpo extinguiu-se a chama, restando num pequeno monte, as brasas incandescentes praticamente a morrer.

A tinta permanente seria transformada, pelos métodos usuais de transformação, cada um na devida época, evidentemente, em palavras que ficam.

Ideias cinza, que se misturam no universo, como as cinzas que lançamos do alto de uma falésia, para que as sua partículas sejam absorvidas  pelos olhares em metamorfose do  futuro, esse mesmo futuro que acaba por nunca sair dos nossos pés,

Quaisquer uns. Que as absorvam , não importa a distância.

Um homem constroí as palavras, inventa personagens, prolonga a tinta permanente, o computador, a aldeia, o velho pescador sentado à porta de casa com o mar em frente, com convicção.

O velho aquece o corpo numa fogueira moribunda, como referi. Aquece os pés, de que também já falei, e de onde o futuro nunca sai.

Haverá sempre alguém incompreensivelmente insatisfeito com o estilo virtuoso, a paixão.

Foram, no entanto, criadas as condições ideais para que a poeira se transforme em gigantes Adamastores , alterando tudo.

E o que não existia, nasceu, da simbiose desse mesmo pó com as divagações, as matérias que lançámos para voar, quando estávamos nas rochas a sentir o vento.

 E, se nos concentrarmos muito, mas mesmo muito, ouviremos  as gargalhadas solitárias sobre o tampo da mesa, de onde brotaram, expontânea e simultaneamente, as ondas, as tempestades e todas as paixões.













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