segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Sem Título

Quem entrasse pelas traseiras veria o lado mais agradável da casa. Era em frente à  cozinha que pendiam, presos nos barrotes que suportavam o peso do alpendre, vasos de plantas caídas com as flores abertas e coloridas, subindo connosco os degraus até à porta.
O gato gostava de dormir no tapete. Parecia fazer de propósito, quanto mais movimento houvesse, mais ele  se espalmava no meio do caminho, a fazer de empecilho para toda a gente.
Sentava-me a um canto, no primeiro degrau, punha os pés no segundo, ou no terceiro conforme queria estar sentada. com as pernas encolhidas, ou esticadas para ver  os pés a sairem das chinelas de borracha, presas aos dedos nús de uma forma bastante simples.

O calcanhar já saía um pouco da sola, tinha que pedir à  mãe para lhe comprar outras.
O limoeiro e a doce lima, provocavam, juntos, uma boa sombra, onde o cão aproveitava para dormir a sesta, nos dias em que o sol embatia com mais força.

Os homens levam os milhares de folhas castanhas, que caíram das árvores, ajudadas pelo vento que se tem feito sentir.
Sopram-nas com o ar que sai de um tubo, agarrado com firmeza pelas mãos duras, e elas voam para a estrada e são apanhadas por um veículo aspirador que circula imediatamente atrás.
Recolhem a #talha dourada para que não haja inundações.

Os homens recolherão os milhares de folhas, que cairão.






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