sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

xmdjej


Ninguém  conheceu,
verdadeiramente, Glória.
Ela desceu, junto com as gaivotas,
a rua inclinada, a correr.
Passou a igreja branca, 
percorreu a rua estreita,
Chegou afogueada à beira do mar.
O sol misturava-se com as bebidas
sobre a mesa e sobre ele,
sobre os seus  cabelos,
sobre as suas mãos  quentes.
Descia, 
em vertigem de luminosidade
demais, o café.
Um belo dia a acabar.
Glória, nunca mais se ouviu 
o seu nome por aquelas bandas
Desde que mergulhou 
transformada em espuma, 
olha que grande novidade.
Havia um banco.
Nele se sentava sozinho,
um velho.
Glória foi fugindo,
mas a sua memória,
não  mudou para
dentro do  fundo
misterioso e negro.
Ou para o lugar mais alto 
das mais altas falésias.
Permanecia
no abraço infinito do horizonte.






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