sábado, 30 de janeiro de 2021



e, dava-lhe a frescura 

do seu corpo a beber.

sentavas-te, silencioso, 

com os olhos fixos num

 ponto inantígível para mim.

O gato está sentado, 

quieto e silencioso, 

com os olhos fixos 

num ponto inatingível.

Faz-me companhia 

enquanto olho para 

o casaco e me lembro 

de alguns episódios que 

lhe estão agarrados à cor, 

ou ao formato, 

ou ao cheiro, não sei, 

de quando me contavas 

segredos e eu, por 

encantos e feitiçarias  

te dava a frescura do 

meu corpo a beber.

Deu-lhe a frescura do 

seu corpo a beber,

O gato está sentado, quieto

 e silencioso, junto a mim.

Fixa os olhos num 

ponto inantigível, 

daqueles que só os 

gatos conseguem ver.

Do outro lado da sala, há 

um casaco pendurado no 

cabide, com histórias  que lhe 

estão agarradas à cor, 

ou ao formato, ou ao 

cheiro, não  sei.

Contavas-me as tuas

aventuras e desventuras

e eu dava-te a frescura do 

meu corpo a beber.

A viver na companhia 

de velhos vasos com

 flores alagadas pela

 chuva insistente.

Velhos vasos alagados

 pela chuva insistente,

Tomavam conta da casa.

O gato nem queria saber.

Velhos vasos alagados

E a chuva insistente 

Batendo à porta

Dando-lhe frescura 





O gato nem queria saber. Só queria dormir sossegado e assim, quem tomava conta da casa eram velhos vasos alagados pela chuva insistente. 

No momento da camélia b se aproveitar da frescura das suas gotas era quando elas caíam brancas, sobre o inverno








Sem comentários:

Enviar um comentário