terça-feira, 17 de abril de 2018

Dália

A D. Perpétua ouviu um estrondo e associou-o imediatamente à vizinha. "Queres ver que é ela outra vez?"
Foi à varanda, encostou a barriga ao gradeamento, inclinou o tronco para a frente, e chamou-a: "D. Dáááália!"
Não obtendo resposta, a D. Perpétua tratou de a ir auxiliar. Era frequente a mulher subir ao telhado, e de lá lançar umas telhas..
Desfez a cama, prendeu os dois lençoís um ao outro com um nó, e desceu por eles, porque era mais prático do que ir pelas escadas e ter que dar a volta ao quarteirão. mas, quando os seus pés tocaram o passeio, lembrou-se que não tinha dado comida ao Tareco. Este resgate demorava normalmente, algumas horas, e por isso voltou a subir.
A porta da casa dela não abriu, como habitualmente, pelo que teve de lhe dar um pontapé bem forte, que a deixou escancarada. Abriu o frigorífico para tirar o bróculo mágico que sabia estar ali guardado, a quatro graus centígrados. mas, malogradamente, não reparou que já estava fora do prazo de validade, e por isso, o seu efeito era muito fraco.
Quando a D. perpétua viu o legume acalmou, e até ficou um pouco chorosa, sentada encostada à chaminé, e a dizer que precisava de ajuda para dali sair, mas foi sol de pouca dura,
Assim que a D. #Dália  gritou: "Atire-se, que eu agarro-a-a", trouxe o chapéu do meu filho para a apanhar!", a outra lança lá de cima uma viga de madeira que, para além de a esborrachar ainda lhe cortou o corpo em bocados, sendo que metade da cabeça ficou colada ao vidro do meu carro que estava estacionado ali perto.
Não fora este incidente e nunca teria sabido desta história.









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