segunda-feira, 16 de abril de 2018

CC

Certa de que o fim da vida é o mais banal de todos os acontecimentos, a velhota parou no passeio, balbuciou qualquer coisa, deu meia volta e  atravessou a estrada sem olhar.
Vinha de lá o elétrico, descia a calçada, ao condutor foi-lhe impossível parar a máquina a tempo, nem ela tinha agilidade para lhe fugir, e aquele monstro amarelo deu-lhe uma pancada fatal.
Foi recolher uns cacos de vidro refletores do rio, do outro lado, junto ao lixo, e quando nos deparamos com objetos com tão magníficas caraterísticas, lindos, distraí-mo-nos do resto do mundo, não ligando importância a elétricos luzidíos que descem as ruas, às vezes para nos matar.
O olhar da mulher estava fixo naquilo, e era por isso que o seu coração batia descompassadamente, e agora que já os trazia consigo, dentro do saco, a importância do resto das coisas ficou reduzida a nada.
Enquanto isso, #Claudia Cardinale, curvava-se ainda mais para tratar das flores. Ela sabia, calculo, que se tivermos algum cuidado e conhecimento sobre o assunto, conseguimos obtê-las, de espécies diferentes, todos os meses, e isso é bom para quem gosta de flores.



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