Naquela época eram vigorosos pais de família, mas agora andavam curvados, acompanhados um do outro, os dois velhinhos.
Ele hoje ia sózinho, e, pelo que me disse, calculei assim que o vi a pesquisar no corredor da fruta, não era difícil, a esposa ou teria morrido ou estaria doente.
Não sei que estranhíssimas associações de ideias eu fiz, completamente soltas, mas ao falar com ele, lembrei-me de uma jovem senhora que trabalhava na farmácia, por esses anos, com uma grande cabeleira loura, desproporcionada.
Um dia observá-mo-la, eu e uma amiga minha, a levar um horror de peso em sacos de compras. Ao marido, conhecia-mo-lo de vista, encostava-se muito à esquina do café, a ver as raparigas que por ali andavam.
Atrás disto, e não sei porquê, fui buscar um outro, que delirava. Entravam-lhe pessoas pela janela do quarto, insólitas, assustadoras e engraçadas.
Eram os medicamentos, ou a doença, não sei, mas permanecia vivo assim.
Tal e qual.
Era muito divertido, admiravam-lhe a sabedoria no intervalo das alucinações, mas era impossível não sorrir perante aquilo.
E então se o ouvinte tivesse um humor perspicaz, e apetência para relatos Quixotescos, melhor ainda.
Ele era do tempo dos livros, e para nos ensinar, procurava neles o que tinham para nos oferecer.
Precisava lá chegar. O seu corpo estava desesperado, estabelecendo prioridades degradantes, e era por isso, e só por isso, que o avôzinho, estava nú a querer sair do quarto.
Mas, nem tudo correu mal. Duas ou três daquelas figuras mecanizadas chamavam-lhe, generosamente, professor.
Também no #Kansas sobem para as camas altas, as crianças, para dormir, muito longe daqui.
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