quarta-feira, 8 de maio de 2019

cnvnk

Estava deitado no chão a perseguir uma formiga com um pedacito de plástico, quando ouviu a mãe a chamar:
"Arnaldinho, o comer está pronto!
Adonde é que tu andas, catraio?"
O Arnaldinho, ciente de não correr nada bem essa coisa de se atrasar para o almoço, largou o que estava a fazer e correu até casa,
Da última vez, nem tinha sido por causa de uma formiga, nesse dia perseguia o avô Laurentino com uma colher de pau, o que tinha agravado a situação, mas mesmo assim era melhor não arriscar, para não ficar toda a tarde de castigo a apanhar pimentos.
"Já estivestes deitado debaixo dos mirtileiros, ou mirtilheiros, ou mirtilios ou lá o que é? Olha como ficastes. O que andavas a fazer?"
"Nada, minha mãe, estava a olhar para a #cruz_vermelha que a avó mandou plantar ali à porta de casa. É porquê, que a pôs lá?"
"Hahaha! És mesmo tontinho, às vezes, meu filho. Não foi a tua avó, foi o teu pai. Ora porquê, porque sim e não falamos mais nisso.
Não, espera, o menino deve saber, já é crescido o suficiente para não o estarmos a enganar. Ele mandou dois homens da aldeia colocá-la no quintal, porque a tua avó lhe fez o choradinho, e isso muda tudo."
O menino, engoliu em seco e abriu e fechou os olhinhos três vezes, por não ter percebido bem.
" Apanhaste umas folhas de Hammamélia Flatullensis Gipsiárdia como a mamã te pediu?
 À não? Distraído que é uma coisa...!  É só subires  este morro e depois desceres o outro, há ali um riacho, passasiu, por cima da ponte, e do outro lado há lá muitas. Vai lá."



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