quarta-feira, 10 de junho de 2020

O #Império Dos Pássaros


Um pássaro invulgar
dançava hoje
nas árvores.

Olhou, aterrorizado.
Uma página,
fundamental e virtuosa
acabara de desaparecer.

Um pássaro invulgar
dançava hoje entre as árvores,

Escondeu-se,
e ficou quieto, nas folhas,
a topar-me com
os seus olhos de ave.

Eu, deixei de o ver,
tão rápido se moveu
e desapareceu por
entre a folhagem.

Aves que voam,
pousam em plátanos
Adamastores e
pinheiros bravos,
constantemente.


Aquele tinha umas
cores inusitadas.

Fomentámos a curiosidade
um pelo outro
e espreitá-mo-nos,
mas,
quanto mais me chegava
perto,
mais ele se afastava.
Até....
às asas que batem,
às asas que batem,
pelo ar.


Era a página onde
cores indiscritíveis
se podiam ler.
E logo essa!
Voara nas espirais
do vento,
como as  andorinhas
sem nome
que brincam à
minha frente.

Um pássaro invulgar
dançava hoje
nas árvores.

Mais tarde,
olhou, aterrorizado,
para a janela defronte
e verificou que
uma página fundamental
e virtuosa
acabara de desaparecer.

Um pássrao invulgar
dançava hoje entre
as árvores.

Escondeu-se
e ficou quieto, nas folhas,
a topar-me com
os seus olhos de ave.

Era a página onde
estavam descritas as suas
cores, indiscritíveis,
ou inusitadas.
E onde se podiam ler.

Fomentámos a
curiosidade mútua
e espreitá-mo-nos,
um, escondido
entre a folhagem,
o outro, andando,
de corpo  vulnerável.
e em passos habituais.

Um pássaro invulgar
dançava hoje
nas árvores.







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