sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Cão (adap. EI)


Passeavam dois irmãos por terras cor de terra e raízes,
no #Zimbabwe, talvez, pode bem ser...,
quando, de repente, distraídos com a apreciação da beleza do local,
caíram num buraco.

O buraco também não era assim tão profundo. e,
sem nenhum osso partido, e com os olhos ao nível do chão
podiam, facilmente, sair dali.
A questão é que,
fosse ou não por  se tratar de uma história absurda,
uma espécie de sonho de uma noite mal dormida,
não estavam a conseguir.

Então começaram a pedir ajuda a quem por lá passava,
pouquíssima gente, junto ao palácio que se via tão bem,
quando ainda estavam à superfície,
mas agora completamente tapado pela  folhagem.

A chuva descendente, fazia brilhar a velha estrada,
estreita e escura, e, depois da última curva,
havia um pequeno parque de terra batida,
onde se estacionava, eventualmente, e,
entre os carros e as rosas cor de rosa
havia o tal buraco.

Cansados de pedir auxílio aos enfatuados
que por ali passavam,
mas que pareciam nem ouvir os gritos,
tentaram a sorte com o homem velho e nú,
no seu tempo imóvel,
sentado silencioso num bloco,
uma cadeira, arredondada pelo vento
a bater insistentemente no granito.

Nem sou eu que tenho a força, mas tenho ouvido.
E ouço respostas ao vosso apelo. Vejam!
Ao fundo, alinhados entre si, corriam, determinados,
precisamente naquela direção
três enormes cães, de pelo branco e amigo.


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