quinta-feira, 28 de julho de 2016

Job ( Enc. Ilustrada)

No outro dia ia a passar na rua um vizinho, que é bastante careca, e eu estava a sacudir uma toalha à janela. Isto é perfeitamente errado, ok! Mas por vezes acontece.
Até aí tudo muito normal, não fosse o caraças da coincidência do homem se chamar Job. Imagine-se! Parece que a mãe é hebraica e o pai é do norte.
A questão foi, que algum do lixo da minha toalha, migalhas, um lenço de papel que me escapou da primeira abordagem, e um ou outro bocadinho de gelatina, lhe ficaram agarrados na parte superior da cabeça, o que até se percebe, dado o meio mais que propício.
O sr. Job pareceu ter sentido qualquer coisa, e olhou cá para cima. _Bom dia sr. Job!_ nessa altura já eu tinha trocado rapidamente a toalha por uma enorme bandeira portuguesa.
No mesmo passeio, mas em sentido contrário, apareceu uma mulher.
_Bom dia D. Asisa! Também é filha de hebraicos, bem sabemos que ele as pessoas é por zonas.
Quando Fechei a janela, a D. Asisa retirava pacientemente o lixo da cabeça do sr. Job, deixando para o fim os refegos das orelhas e a gelatina.
Dias depois, pela cumplicidade, percebi que são namorados.
É impressionante como a palavra mágica vem sempre ao encontro de situações que já vivi!

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