terça-feira, 11 de maio de 2021

Os caminhos dão voltas
intermináveis 
entre as florestas de pinheiros, 
pintadas  de verde compacto
e indiferente 
que escorrem pelas 
serras adormecidas.
Lá ao fundo, os salgueiros 
cumprimentam a água, 
eternamente
debruçados em grandes vénias
sobre o seu caudal 
nascidos e criados ali, uns 
metros à frente do moínho húmido
e pedregoso, 
com metade da sua grande roda 
inacessível aos meus olhos.
As estradas estão enroladas 
na superfície dos montes, 
o sol fragmenta o rio, onde
suponho que brilhem os peixes , 
até quase desaparecer. 
Após o ocaso inquieto 
medonhas estrelas infinitas
revelam-se de noite, 
tão próximas que, por vezes, 
caem do céu
como uma chuva habitual.





 

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