segunda-feira, 12 de junho de 2017

Mátria

Eu bem o vi,
imóvel,
apoiado
numa só perna
esguia
e alta.
Rodava o pescoço
cento e oitenta
graus
como as aves
enquanto cantava,
convenhamos,
divinamente:
Celina pátria
nodosa,
ureia e creatinina,
e mátria polpa
pomposa
e sátira à música
lírica,
e pânico satânico
do muito medo
merdoso.
Lá lá lá
Lá lá lá!
Repetiu, cantando,
vezes sem conta,
o mesmo,
e de repente desapareceu.

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