sábado, 27 de agosto de 2016

Uruguai ( Enciclopédia Ilustrada )

Quando vivia em Buenos Aires ia muitas vezes ao Uruguai, só para comer um chiquito, que é uma espécie de prego, mas muito especial e bom.
Fazia aquele bocadinho de água a nado, num instante (é só um bocadito, no mapa), e chegava lá, um lá qualquer desde que fosse solo Uruguaiano.
Deixava-me secar ao sol, isto se não estivesse um mau dia, senão tinha que recorrer a uma lavandaria, que também as há por lá.
Claro que este processo de secagem nem sempre foi fácil, sobretudo quando levava orgulhosamente vestida tanto a Nazaré, como as suas sete saias, e, será para todos um facto óbvio, a dificuldade de secar tanto tecido. Talvez por isso se usam tanto os ponchos naquele país, de leveza, beleza, e aspereza incomparáveis.
Feito isto, e já de chiquito no bucho, para não me meter outra vez dentro de água a fazer a digestão, ficava por ali a ver as formigas a passar, que é cada formigão que eles têm, de meter medo!
O problema, é que sempre que regressava a BA, era ensombrada por uma terrível melancolia, causada, talvez, pelo cansaço. Então, invariavelmente, apanhava um avião da TAP diretamente para o Porto, só para ter o prazer de me sentar na zona da ribeira, e ver a ponte D. Luís ao fundo

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