quinta-feira, 23 de junho de 2016

Poesia versus Animais ( Literatura e Ciência )

O meu gato dorme, numa almofada.
Às vezes adota posições muito curiosas,
mas agora dorme com o corpo enrolado
como normalmente os gatos fazem.
O meu gato é muito bonito.
É preto, de um preto lustroso,
em que apetece fazer festas.
Uma velha que eu conheci
tinha em casa vinte gatos
a roçarem-lhe nas pernas.
Havia pratos e tigelas com comida
em cima da roupa,
e também três cães que havia, felizes.
O meu gato mudou de posição.
Durante o movimento espreguiçou-se.
É lindo, o meu gato brilhante,
a fazer as necessidades no caixote.
Agora coça a orelha com a pata,
espero que não tenha apanhado pulgas,
que as havia na casa da velha, aos montes.
O meu gato é um gato imensamente poético,
mas podia ser uma tartaruga anorética
ou um bisonte.

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