terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Férias

O sol entra pela varanda já ao fim do dia.
Lá em baixo, na esplanada, um homem feliz e descomprimido imita uma galinha, e,  enquanto faz por cacarejar, rola a pança gorda e luzidia à volta dos filhos.
Os cães passeiam na calçada ao longo da areia, levando as famílias presas pela trela. Por vezes param um pouco, e os donos podem vasculhar o expositor dos chinelos, ou a barraca das malas de couro malcheiroso. Um ou dois puxões vigorosos e acabou-se a pesquisa dos vestidos tipo toalha, tipo cortina, tipo padrões insuportáveis, que "que eu quero fazer uma mija naquele poste ali à frente"!
Os miúdos aproveitam a boa onda e papam gelados e churros. Estão felizes porque o pai fê-los rir com aquela história da galinha, e também porque amanhã há mais praia.
Por detrás do bulício da marginal sobrepõe-se o mar que me vale. Calmo. Ouço-lhe as ondas reconfortantes.
Mais uma semana de tamanho relaxe e bem estar, e serei eu a fazer de chimpanzé, ou de burrié, ou de varejeira, par dar alegria a miúdos, ou a graúdos, ou a quem quer que seja!

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