segunda-feira, 23 de março de 2015
Sem título
Todos gabavam a sua tagarelice gabarola, produzida pela estante de má qualidade, vergada pelo peso dos livros.
Por detrás de cada frase havia um som impercetível e raro, uma melodia assombrosa só ouvida por alguns.
Por isso que a sua tagarelice gabarola, bem pronunciada, era como a voz dos golfinhos, incompreensível para nós, se bem que plena de emoçáo mergulhada no mar, como um lápis sem bico a morder no papel.
É por isso que lhe diziam:Diga outra vez, repita-se. E ele, na sua tagarelice gabarola, dizia uma e outra vez parvoíces, ricas em energia indiferente.
De repente lembrava-se do seu propósito, que era o de fazer voar as palavras, dizer à vontade a verdade, mas sem feridas organizadas, sem lamentos!
Apenas um discurso selvagem engrenado no pensamento.
Uma tagarelice gabarola era o que era, frequentemente....
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