sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Greta

Em relação a Greta_Thunberg, confesso que, independentemente do conteúdo, com o qual ninguém com dois dedos de testa pode discurdar, e da própria miúda, que só louvo, vários pontos dentro desta envolvência me poem a pensar.
Em primeiro lugar, não consigo deixar de olhar para ela sem lhe ver qualquer coisa de mártir, e eu, na minha condição e hábito de protetora de crianças e jovens mulheres, não apoiarei em local nenhum do mundo uma criança mártir.
Dir-me-ão que não, mas eu sempre a vejo com enormes olheiras e um semblante carregado e sofredor.
Em segundo lugar, pergunto-me muitas vezes até onde vai o nosso, querendo referir-me ao  universo daqueles que se preocupam, o nosso cuidado com a pegada ecológica.
Deixámos de usar telemóvel? Todos? Ou nem um deixou, sabendo o que isso significa?
E quantos exemplos poderei aqui colocar que demonstram que só temos preocupações  ecológicas até onde a nossa vidinha não sair prejudicada.
Em terceiro lugar, incomoda-me imenso, quero recusar-me, até, a viver com os remorsos que a toda a hora nos tentam incutir como se tivessemos falta de consciência.
Somos induzidos, obrigados muitas vezes, ao consumo, onde se escondem verdadeiros atentados ao planeta, e depois, porque vivemos de acordo com aquilo que existe, somos acusados, perversamente na minha opinão, de males que não provocamos, antes nos são oferecidos, e que vêm agarrados ao poder económico, ou ao capitalismo, se quiserem, como lapas.
Para terminar, e voltando a Greta, claro que só tenho a agradecer-lhe entregar a sua juventude a tão nobre causa.





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