quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Brincadeiras (Viagens)

Até posso nem escrever bem, mas gosto de o fazer. Seja lá o que fôr isso.
E gosto de escrever o que tenho em ideia, o que vejo a menos de um palmo do meu singelo nariz..
Nem mais além do verniz das minhas unhas dos pés.
E quando viajo, vou aqui a dois metros, à casa de banho! Mas que querem?...
Gosto sinceramente da escrita
bonita ou feia
curta ou comprida
musical até,
se fui eu que a escrevi!
Até porque o meu wc tem muita luz natural, o que o torna "agradável e relaxante", penso eu enquanto escrevo que hei-de ir à cozinha!
Todos os dias uma pequena viagem entre Lisboa e Sintra. A toda a hora meia hora de bons livros. Se calhar por isso é que gosto tanto de o fazer, escrever aqui mal ou bem..., me quer a trocar as palavras.
É só uma brincadeira, senhores intelectuais!
Duma pobre parteira,
fodida à maneira,
pelos canibais!
Uma brincadeira, um passatempo, um papelzinho preenchido. Umas viagens à casa de banho, onde se vê um cigano pendurado num andaime! Não vê nada! Só estou a brincar com as palavras,
silenciosas,
das pulseiras que tilintam
nos braços que dançam
das sensuais bailarinas.
E gosto de escrever, para dizer quase o que me apetecer sem fronteiras, fluindo fluído o pensamento em melodia.
Imploro para que sejais compreensivos, senhores intelectuais.
É só uma brincadeira,
duma pobre parteira
fodida à maneira
pelos canibais
e outros que tais
numa qualquer inesquecível viagem a Paris!
Todos encostados
a murais pintados
os ladrões de ideias!
Os cabrões!
Escrevo que vou à varanda regar as flores. E tirar o cimento das obras. O cimento!!
Virulento é que não é, penso eu!
Caíu, solidificou,
e morreu fazendo rimas.
E agora tenho que o arrancar à força.
Para a semana vou à Rússia roer rolhas de garrafas já roídas pelas ratas do rei Rodrigo que arrota ruibarbos como nínguém!
Grande viagem!
Brincadeiras!

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