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Desde que não andasse pela serra a tomar conta do rebanho, entrava no quintal logo no primeiro dia das férias.
Aparecia, de passo lento, primeiro ouvia-se o restolhar das folhas duma forma especial, diferente da presença invisível de um gato à procura de qualquer coisa, ou mesmo de um pássaro a fugir do perigo, e depois lá aparecia ele, por entre as videiras, com o seu pelo curto e amarelo.
Enquanto durasse a estadia, assim durariam a suas visitas.
Parecia enorme, e para mais com aquela impressionante coleira de ferro, com espigões, para o proteger dos lobos que atacam as ovelhas.
Era um cão muito parado, fazia assim companhia, quase estático, não sei, não me lembro assim tão bem, mas talvez ele fosse já velho.
Os miúdos brincavam ao seu lado, de pé, horas a fio, porque as crianças não se cansam, e também não têm medo dos focinhos negros e das orelhas pendentes à altura dos seu peitos.
"Olha-me esta perícia! Olha desde ontem!"
E alguém tirava do bolso o brinquedo novo, e revelava-lhe, exemplificando, os enormes progressos, a desenvoltura que tinha adquirido com algumas horas de treino, e o #yo-yo subia e descia, rápido, formando com o eixo da terra um ângulo perfeito.
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