Vinha ele de viagem,
o pássaro de cabeça roxa,
quando começou a chover
muito,
e ele teve que parar,
e pousar no galho de uma árvore
muito grande,
para descansar as asas,
e ali ficou,
balançando ao sabor
do vento,
que era bastante forte.
Vinha a pensar,
pouquinho,
pouquinho,
com a sua cabecinha de ave,
porque haveria tanto mistério
associado
aos dias cinzentos.
aos dias cinzentos.
e frios,
mas depois, com o seu
cerebrozinho, pequenino,
de pato,
lá percebeu, que, no verão
em dias de sol,
sempre nos podemos sentar
a contemplar o rio
durante dois dias
seguidos,
durante dois dias
seguidos,
e ver, lá ao fundo,
a silhueta elegante
a silhueta elegante
de uma ponte,
e também,
e também,
verificar como é engraçado
a água sentir-se
quase na obrigação
de ser
o espelho ondulado
da grande maioria
da grande maioria
das cores.
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