Se dali gritasse: #sul!
era a sua voz que embatia nas montanhas
e aquele eco redondo
absorvia e retinha a palavra
permitindo que seguisse em fio
pelo espaço vazio
pela torrente,
do degelo das águas.
Ou pela corrente de ar quente
e frio
a ouvir-se mil vezes.
E se insistisse gritando: "sul! Eco!"
podia, até, sentir nos pés
os "pês" e os "bês"
enterrados bem longe,
por trás daqueles montes,
na areia tépida da praia.
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