Após uma grande chuvada,
Sara saíu porta fora
para apreciar o regresso do sol.
Havia,
num dos quatro cantos
esquecidos do quintal,
trevos em flor,
e ela fletiu as pernas
e afundou um joelho na terra húmida
para os ver melhor.
O cão #Kim,
que esperava o fim da chuva
debaixo de um telheiro improvisado,
assim que deu por ela,
ainda nem a tinha visto
já percebera a sua presença,
começou a abanar a cauda
de felicidade,
com o corpo ondulante de alegria
acompanhando a excitação.
Sara levantou-se
e sacudiu a terra
que lhe ficara presa
no joelho sujo.
Fez trinta festas ao animal,
enquanto este lhe lambia
os cabelos espessos
e engolia algumas partículas
da fuligem de uma fogueira
a luzir ainda do fogo da noite,
e que o pai preparara
com madeiras que buscara
pelo bosque.
Todos os dias
se chegavam ao seu calor crepitante
enquanto as brasas incandescentes
brilhavam
e eram as chamas
que refletiam os seus olhos.
Sem comentários:
Enviar um comentário