que circundava a casa.
Entrou lá dentro, esbaforida,
e após respirar três vezes seguidas,
para recuperar o fôlego,
inspira, expira, inspira, expira,
fechou a porta com força
e tratou de verificar
as portadas das janelas,
os fechos, as aduelas,
para que ela, sorrateira,
não entrasse e lhe estragasse
a tarde comprida,
cruzando os ares até ao fim do dia
e vogando em frente ao seu nariz.
As partículas, de cor cinzenta,
ficaram retidas lá fora
e com o passar do vento,
dissiparam-se e ela pôde,
finalmente descansar.
Adormeceu, Leonor,
sonhando com os ínfimos corpúsculos
que deixara a morrer.
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