Pois é, o meu amigo Eugénio é precisamente de quem vou falar, embora não haja muito a dizer, porque o Eugénio é uma pessoa pesfeitamente vulgar, dessas incógnitas que andam por aí aos biliões.
Durante a semana, vai para o emprego, pelas oito e trinta, para chagar lá às nove se não houver nenhum imprevisto, faz o seu trabalhinho descansadamente, e volta para casa ao fim do dia.
Em casa já costumam estar a mulher com a filha nos braços, e ele pergunta-lhe sempre se ela precisa de ajuda nas suas coisas, e lá vai, solícito, perguntar o que há, então, para fazer.
Recebe uma ou outra tarefa, que executa com perfeição, e acabam por jantar ao mesmo tempo que alimentam a criança.
No dia seguinte, o mesmo acontecerá, até ao fim de semana em que combinamos qualquer coisa, para desanuviarmos todos, das nossas vidas repetitivas.
O seu apelido é muito antigo, isso eu sei, vem de lá dos países a norte, ainda quando ainda era Thor a dominar os países da branca neve.
Eugénio contou-me a sua história, porque eu, sem qualquer intenção, apanhei-o comer cubos de gelo diretamente do frigorífico. Algo me tinha chamado a atenção ao passar pela porta da cozinha, ainda hoje estou para saber porque tive aquela intuição, continuo sem fazer ideia, a verdade é que entrei, sem medos, e lá estava ele, de feições transtornadas e todo molhado a devorar o gelo que eu precisava para as bebidas.
_Eugénio, o que se passa contigo, meu bom amigo?_ perguntei, genuinamente interessada.
E foi nessa altura que ele me contou tudo.
Quanto a mim, que sei agora mais uma história digna de ser escrita, a destes seus infelizmente, prometi não o fazer e quanto a ele, nada a dizer, nem aud
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