Ninguém conheceu,
verdadeiramente, Glória.
Ela desceu, junto com as gaivotas,
a rua inclinada, a correr.
Passou a igreja branca,
percorreu a rua estreita,
Chegou afogueada à beira do mar.
O sol misturava-se com as bebidas
sobre a mesa e sobre ele,
sobre os seus cabelos,
sobre as suas mãos quentes.
Descia,
em vertigem de luminosidade
demais, o café.
Um belo dia a acabar.
Glória, nunca mais se ouviu
o seu nome por aquelas bandas
Desde que mergulhou
transformada em espuma,
olha que grande novidade.
Havia um banco.
Nele se sentava sozinho,
um velho.
Glória foi fugindo,
mas a sua memória,
não mudou para
dentro do fundo
misterioso e negro.
Ou para o lugar mais alto
das mais altas falésias.
Permanecia
no abraço infinito do horizonte.
Sem comentários:
Enviar um comentário