quarta-feira, 19 de setembro de 2018
Sem Título, ou Páginas soltas dos diários da dra Andreia
Quando deu por ela,
o teclado estava à
sua frente,
pronto para ser usado.
Não sabia como tinha
ido lá parar.
Tinha largado
a sanita
à qual estava tão bem
abraçada.
e esse seu objetivo
anterior,
o de limpar um recanto
mais difícil,
da casa de banho,
enquanto ouvia U2,
evidentemente,
esfumou-se,
que é como quem diz
desapareceu,
foi ultrapassado.
Nada de imaginar
romances desvairados
e os seus respetivos
desfechos desoladores.
Não é possível
acreditar em
semelhante parvoíce.
Pessoas e lavabos,
e amor aos molhos,
só porque lhe tinha
os braços em volta.
Mas está tudo maluco,
ou quê?
Passou pelo espelho,
acenou levemente
a si própria,
que é como quem diz
cumprimentou-se,
estranhou, foi
ter os olhos raiados
de vermelho,
e sentir uma sensação,
no coração,
como se os vapores
do Cif limão
lhe tivessem provocado
alucinações
por causa
de vapores tóxicos.
E mais não sei.
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