sábado, 2 de outubro de 2021

Figurava na estante, à espera de ser falado entre amigos, com os risos em volta, os copos a meio e os garfos nas mãos persistindo no ar.
Ou era mencionado numa conversa ocasional, num autocarro, espreitando do colo de alguém, de páginas abertas, sentado no banco, passando através dos olhos que se olham, ora de  frente, ora mirando o seu ponto comum através das janelas em movimento.
Outras vezes, numa conversa irreal, num corredor comprido e iluminado, sem mais ninguém por perto, povoando o mundo das inexistências noturnas.
Outras vezes, ficava retido para sempre nos meandros de um qualquer  pensamento.




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