Naquele tempo,
quando descíamos
ao rio,
ao fim do dia,
passávamos
pelo "arco das flores".
Atravessávamos o pátio,
em pedra polida,
ainda quente,
e entrávamos no "túnel
das roseiras bravas"
que trepavam.
E quando acabava
"o arco das flores",
como lhe chamávamos,
seguíamos por um
estreito carreiro
de terra inclinada.
.
(E pelo caminho
havia
macieiras,
das verdadeiras,
a perfumar.)
Depois, ali
ficávamos,
sentados;
a ouvir
o murmúrio
do seu caudal,
vagaroso.
O tempo, às vezes,
voava,
como se fosse breve,
e a noite
surpreendía-nos,
rápida
e eficaz,
e, intencionalmente,
refletia
os nossos olhos
nas estrelas,
e deformava
a lua,
com os movimentos
ondulatórios
da água.
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