Era compulsivo.
Fugindo da luz
e dos falsos desígnios.
O quê? Voltas à cabeça,
introspetivas, pois é,
para saber porquê
quando é inexplicável.
o poema.
O poema é inexplicável.
Não é nada.
Aparentemente zero.
Mas de repente,
eis senão quando
num momento de envolvência
total, o senti,
abstração distração,
tentando nascer, digamos.
Ainda esbracejou
teve tempo para...,
mas acabou
esparramado aqui
no virtuoso da página.
Disforme, o merdoso.
Completamente disforme.
Ainda nem era ninguém,
só um toque de claridade.
E o que é
"um toque de claridade"?
Não é nada, o merdoso.
Deformou-se todo
ao cair do cabelo odioso.
Misterioso e inexplicável.
ainda não era nada
ainda nem tinha nascido,
pasteloso e arrogante.
Estatelou-se ao comprido
mas não deixava de gritar,
o vaidoso,
que existia verdadeiramente
quer eu quisesse, ou não...,
mesmo que durasse
só por uns segundos.
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