Era uma vez um menino que queria um tambor, mas a mãe não tinha como lho dar porque era muito pobre.
Houve tempos em que ela, com os seus três filhos e o seu amado esposo viveram felizes, mas o gorila das montanhas tinha-lhe sequestrado o marido, já lá iam uns anos, e desde então, a sua vida tinha-se modificado totalmente, passando de paraíso na terra, para uma valente merda.
É claro que, quando a criança falava do tambor, a mãe, deprimida, tinha ganas de lhe dar uma nalgada, e o miúdo ressentia-se psicologicamente.
Na escola já andava muito triste, e quando lhe perguntavam o que tinha, ele só repetia, " eu quero um tambor, eu quero um tambor, eu quero um tambor..."
Os professores, e outras pessoas igualmente atentas, e de boa índole, e também um pouco agastadas com a lenga-lenga do miúdo, juntando-se para as despesas, deram-lhe , então, o ambicionado objeto, o que fez a criança chorar de alegria, quando o recebeu.
As lágrimas emocionadas do menino contagiaram os presentes, e começaram todos a chorar, e aquelas pequenas gotas de água salgada uniram-se para formar o que é hoje considerado o maior lago artificial da terra, com neblina.
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