Um #toque de deslumbramento,
era o melhor dos refúgios para Violeta,
que entrava nas nuvens mais baixas
para refletir o quanto amava o seu nome de flor.
Era só colocar as pétalas viradas contra o vento
e tomava-se da capacidade de percorrer pequenos espaços,
pousando ora nas telhas quentes,
ora nos muros indolentes, ora nos terraços cinzentos.
Violeta amava tanto o seu nome que desprezava as outras,
as naturais, crescendo sobre os microondas,
suspensas dos tetos, ou espreitando, meses e anos,
adormecidas junto às janelas onde não bate o sol,
confinadas a um espaço tão pequeno,
um vaso de fracas proporções,
e de gestos tão assustadoramente lentos,
que se diria estarem imóveis.
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