Ia dizer-te, "sabes quem eu vi a conversar animadamente, nem sabia que se davam tão bem..."
Haverias de querer saber, querias saber de tudo o que me interessava, de tudo o que me aborrecia, dos meus receios, das minhas aspirações.
Eu ontem ia dizer-te uma coisa sem importância, das que preenchem os dias tranquilos, das que sustêm o amor, tão elásticas e tão aparentemente indestrutíveis como as teias que fazem as aranhas e que perduram num tempo infinito, nos cantos das casas velhas, ou entre os arbustos, indiferentes à passagem das estações.
Eu ontem ia dizer-te qualquer coisa sem importância, para falarmos os dois, companheiros inseparáveis de problemas, ou de alegrias, ou de tudo o que há para viver neste mundo, eu ia dizer-te uma coisa, eu ia dizer-te uma coisa, mas já nem me lembro o que queria dizer-te, era uma coisa qualquer sem importância...
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