ou a beleza da contemplação, nada feito.
Só me vem à ideia a frieza
dos algarismos e das palavras feias.
A camada de que os revesti era enganadora,
e eu não quero,
nem os pretendo ocos, ou vazios.
Também por isso,
tratei de mudar de forma rapidamente,
para observar melhor
as águas bravas que caem das cascatas,
e não as cortinas que se agitam
quase nada para trás e para a frente.
E como estava tudo torto,
fui pôr roupa a lavar...
ninguém põe roupa a lavar nos poemas.
É tão feio!
Estendê-la é outra coisa,
com o vento a bater nos cabelos
e a imagem versátil das peças
a ondular em função da corrente,
e musical, tal como quando
canta um pássaro bem disposto.
Não é o mesmo
que pegar na sujidade em monte,
procurar o programa específico,
carregar nos botões,
medir os detergentes.
Isso ninguém faz nos poemas,
que servem o #indizível apenas.
Terei, então, que mudar uma vida inteira,
aleatoriamente, porque
sem inventário desapareço,
e não serão as pedras
umas sobre as outras que falarão por mim.
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