à beira dos riachos,
murmurando intrigas
e rindo do mal.
Espalham-se
escondendo debaixo
do seu manto
mil e uma coisas que
rolam
quando chove muito
e as águas se
movem em caudal.
Quando eu sou
esse vento,
todas,
mas mesmo todas
as flores
se viram de costas
à minha passagem,
sobretudo as pequenas,
as que germinam
entre as rochas
e crescem,
imprevisíveis,
nessa incrível forma
de existir,
presas por fios
onde quase não há
terra,
só poeiras levantadas,
poeiras,
poemas intrusos
como cristais de quartzo
sujeitos à tempestade
feroz.
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