olhando as luzes da cidade, enquanto
a noite se revelava na escuridão
da água em que vogavam.
O mar deixava-se prender em lagos artificiais
de lados iguais,
quadrados de água escura, os passeios
eram animados de gente que se auto coloriam
com os seus chapéus lâmpada pelos
caminhos de ir e vir.
Os barcos mal estavam presentes,
pousados sob o céu agudo, tão
agudo quanto o ângulo das pedras que
descem até à beira ondulada da água
salgada, onde os peixes cinzentos
espreitam, por vezes encandeados.
Havia gelados por todo o lado.
Pessoas passavam para trás e para
a frente, e os barcos lá, escondidos, ou camuflados
dentro do brilho fosco da penumbra, longe da luz.
A água continha os barcos, a água pouco
refletia, violácea, impossível de transpôr.
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