domingo, 16 de junho de 2019
Lisboa, (ou a #Hecatombe de já ter passado o dia da #gaivota)
A rua mantém
a sua inclinação perigosa,
o chão molhado,
e irregular.
Toda a noite ouvi a chuva
a bater na janela.
Quando viro a esquina,
sei
que não está ninguém
àquela hora,
só as aves numerosas,
que habitualmente
se apoderam dos largos
vazios
Manhãs de domingo.
os pássaros sobem
e descem no ar,
comigo,
até pousarem
nas pedras lisas,
eu sento-me num banco,
e eles dispersam
pela enorme praça,
ou repousam nos braços
da grande figura
de bronze
Daqui, deste lugar,
vejo a luz que rompe
as nuvens espessas,
as gaivotas
que bebem água nas
poças,
e a cidade brilhante
a acordar.
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