Sentaram-se
no paredão
a olhar
o oceano.
com as mãos
nos bolsos,
defendidas
do vento forte.
As ondas
rugiam
quando
embatiam
nas rochas.
Gotas
salgadas
preenchiam
o vazio
molhando
as suas caras,
os seus rostos.
No pontão
observando
o mar,
as testas
franzidas,
com minúsculas
rugas
de espuma
fria
em volta
dos olhos.
Os cabelos
enrodilhavam-se
por causa
do vento.
Prendiam-se
nos brincos
nos narizes
nas bocas.
E ficavam
por ali,
a ver passar
o tempo
que surge,
normalmente,
acompanhando
o rápido
movimento
das nuvens
cinzentas.
E ouviam
ambos
cantar
os búzios
na tempestade.
Mas era
apenas
o eco
das suas vozes
que saía
dos corações
perfeitos,
dos pés
enrolados
das algas
bailarinas.
Sem comentários:
Enviar um comentário