terça-feira, 4 de agosto de 2020

nnnlisçijçi

Olá Taninha, doçura da avó

Realmente, que bizarro local que foram escolher para lua de mel, uma terra tão tranquila e pura, onde o tempo passa mais devagar.
A menina ainda não era viva, não chegou, portanto,  a conhecê-la, mas sabe que me sentei muitas vezes, lado a lado com a minha avó, em cadeirinhas alentejanas que trazíamos de dentro de casa e colocávamos no passeio, para que pudéssemos disfrutar do ocaso dourado e das suas temperaturas mornas depois de um dia de calor abrasador.?
Sabe que passavam os vizinhos, afáveis, dando meia dúzia de conversa, e fazendo perguntas tontas às crianças? 
Tem consciência de que é uma vila plana e branca, que se estende apenas à altura do horizonte?
E que  tem uma bonita avenida para fazer passeios pedonais, com as suas pequenas laranjeiras cheias de frutos coloridos, ou flores cheirosas, que descem o passeio quase de mão dada connosco, de tal forma estão ao nível das nossas sensações?
Sabe como são aquelas casinhas por dentro, as de fachadas com listas azuis ou amarelas contornando janelas e portas, e coladas uma às outras por paredes laterais, em ruas silenciosas?
Sabe que no fundo das casas há, quase sempre, um quintal com uma lúcia lima?
Sabe que maravilhosos repastos por lá se comem,  desde os gaspachos refrescantes e das sopas de peixe de sabor único, até ao pão, de travo amargo e reconfortante?
Sabe que perdeu milhares de habitantes depois da crise, porque fábricas e empresas fecharam?
E sabe que, em seu redor, há campos rasos de flores minúsculas e belas?









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